segunda-feira, 6 de outubro de 2008



Sagarana - Clara Nunes
A ver, no em-sido
Pelos campos-claro: estórias
Se deu passado esse caso
Vivência é memória

Nos Gerais
A honra é-que-é-que se apraz
Cada quão
Sabia sua distinção
Vai que foi sobre
Esse era-uma-vez, 'sas passagens
Em beira-riacho
Morava o casal: personagens
Personagens, personagens
A mulher
Tinha o morenês que se quer
Verde olhar
Dos verdes do verde invejar
Dentro lá deles
Diz-que existia outro gerais
Quem o qual, dono seu
Esse era erroso, no à-ponto-de ser feliz demais
Ao que a vida, no bem e no mal dividida
Um dia ela dá o que faltou... ô, ô, ô...
É buriti, buritizais
É o batuque corrido dos gerais
O que aprendi, o que aprenderás
Que nas veredas por em-redor sagarana
Uma coisa é o alto bom-buriti
Outra coisa é o buritirana...
A pois que houve
No tempo das luas bonitas
Um moço êveio:
- Viola enfeitada de fitas
Vinha atrás
De uns dias para descanso e paz
Galardão:
- Mississo-redó: Falanfão
No-que: "-se abanque..."
Que ele deu nos óio o verdêjo
Foi se afogando
Pensou que foi mar, foi desejo...
Era ardor
Doidava de verde o verdor
E o rapaz quis logo querer os gerais
E a dona deles:
"-Que sim", que ela disse verdeal
Quem o qual, dono seu
Vendo as olhâncias, no avôo virou bicho-animal:
- Cresceu nas facas:
- O moço ficou sem ser macho
E a moça ser verde ficou... ô, ô, ô...




É buriti, buritizais
É o batuque corrido dos gerais
O que aprendi, o que aprenderás
Que nas veredas por em-redor sagarana
Uma coisa é o alto bom-buriti
Outra coisa é o buritirana...

Quem quiser que cante outra
Mas à-moda dos gerais
Buriti: rei das veredas
Guimarães: buritizais!



Linguagem
A obra é repleta de neologismos que se sobressaem em composições e derivações novas.
Algumas figuras de linguagem tais como:
metáforas, anacoluto e silepse têm também grande destaque. Além disso, o autor faz uso de recursos "melopéicos", que são únicos em sua obra. É o que o escritor chama de “plumagem e canto das palavras”. Com efeito, amiúde Guimarães apela para os aspectos auditivos (“canto”) e visuais (“plumagem”), fazendo uma verdadeira arranjo sonoro com as palavras. Isso se sobressai principalmente em O Burrinho Pedrês e São Marcos.

Fabulação

É outra característica de Guimarães Rosa que se sobressai em Sagarana: o seu extraordinário poder de fabulação. Suas narrativas, repletas de incidentes, casos fantásticos e imaginários, contém às vezes mais de uma “história” dentro da “história”. É o que se pode notar, principalmente, em O Burrinho Pedrês.De um modo geral, esses casos secundários têm a finalidade de comprovar ou preparar terreno para a história principal.

Espaço e personagens

Em carta a João Condé, Guimarães Rosa revela que Sagarana se passaria no interior de Minas Gerais, na paisagem das fazendas e vaqueiros - mundo da infância e juventude do autor .As histórias são ligadas entre si pelo espaço em que acontecem, e captam os aspectos sociais, físicos e psicológicos do homem interiorano.

Provérbios e quadras

É outra característica do estilo rosiano que evidencia um gosto bem popular: o gosto por ditados e provérbios, além das quadrinhas que harmonizam as noites sertanejas, sob um céu palpitante de luar e de estrelas que pululam encantadas dos sons gotejantes das melodias populares.

O livro é composto pelas seguintes novelas:
O Burrinho Pedrês
A volta do marido pródigo
Sarapalha
Duelo
Minha Gente
São Marcos
Corpo Fechado
Conversa de bois
A hora e vez de Augusto Matraga
Originalmente, o livro possuía outras três novelas:
Questões de Família
Uma História de Amor
Bicho Mau

terça-feira, 17 de junho de 2008

...Simbolismo!...



Musicalidade
A musicalidade é uma das características mais destacadas da estética simbolista, segundo o ensinamento de um dos mestres do simbolismo francês,
Paul Verlaine, que em seu poema "Art Poétique", afirma: "De la musique avant toute chose..." (" A música acima de tudo...") Para conseguir aproximação da poesia com a música, os simbolistas lançaram mão de alguns recursos, como por exemplo a aliteração, que consiste na repetição sistemática de um mesmo fonema consonantal, e a assonância, caracterizada pela repetição de fonemas vocálicos.



O Simbolismo é um estilo literário, do teatro e das artes plásticas que surgiu na França, no final do século XIX, como oposição ao Realismo e ao Naturalismo.


Histórico e características
A partir de
1881, na França, pintores, autores teatrais e escritores, influenciados pelo misticismo advindo do grande intercâmbio com as artes, pensamento e religiões orientais - procuram refletir em suas produções a consonância a estas diferentes formas de olhar sobre o mundo, de ver, e demonstrar o sentimento.
Marcadamente individualista e místico, foi com desdém apelidado de "decadentismo" - clara alusão à decadência dos valores estéticos então vigentes. Mas em
1886 um manifesto traz a denominação que viria marcar definitivamente os adeptos desta corrente: simbolismo.


Literatura do simbolismo
Os temas são místicos, espirituais. Abusa-se da sinestesia, sensação produzida pela interpenetração de órgãos sensoriais: "cheiro doce" ou "grito vermelho", das aliterações (repetição de letras ou sílabas numa mesma oração: "Na messe que estremece") e das assonâncias, repetição fônica das vogais: repetição da vogal "e" no mesmo exemplo de aliteração, tornando os textos poéticos simbolistas profundamente musicais.
O Simbolismo em
Portugal liga-se às atividades das revistas Os Insubmissos e Boêmia Nova, fundadas por estudantes de Coimbra, entre eles Eugênio de Castro, que ao publicar um volume de versos intitulado Oaristos, instaurou essa nova estética em Portugal. O movimento simbolista durou aproximadamente até 1915, altura em que se iniciou o Modernismo.


Brasil
No
Brasil, dois grandes poetas destacaram-se dentro do movimento simbolista: Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens. No primeiro, a angústia de sua condição, reflete-se no comentário de Manuel Bandeira: "Não há (na literatura brasileira) gritos mais dilacerantes, suspiros mais profundos do que os seus".

...Parnasianismo!...

David Bowie-Wild Is The Wind

"Você me toca, eu ouço o som de bandolins
Você me beija
Com seu beijo minha vida começa
Você é primavera pra mim, tudo pra mim
Você não sabe, você é a própria vida!"

Beijo Eterno

Diz tua boca: “Vem!”
“Inda mais!” diz a minha, a soluçar…Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
“Morde também!”
Ai! morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura,

Morro por teu amor!
Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo!

Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!

Olavo Bilac

Origens
Movimento literário de origem francesa, que representou na poesia o espírito positivista e científico da época, surgindo no século XIX em oposição ao romantismo.


Caracteriza-se pela sacralidade da forma, pelo respeito às regras de versificação, pelo preciosismo rítmico e vocabular, pela rima rica e pela preferência por estruturas fixas, como os sonetos. O emprego da linguagem figurada é reduzido, com a valorização do exotismo e da mitologia. Os temas preferidos são os fatos históricos, objetos e paisagens. A descrição visual é o forte da poesia parnasiana, assim como para os românticos são a sonoridade das palavras e dos versos. Os autores parnasianos faziam uma "arte pela arte", pois acreditavam que a arte devia existir por si só, e não por subterfúgios, como o amor, por exemplo.


No Brasil
O Parnasianismo brasileiro, a despeito da grande influência que recebeu do Parnasianismo francês, não é uma exata reprodução dele, pois não obedece à mesma preocupação de objetividade, de cientificismo e de descrições realistas. Foge do sentimentalismo romântico, mas não exclui o subjetivismo. Sua preferência dominante é pelo verso alexandrino de tipo francês, com rimas ricas, e pelas formas fixas, em especial o soneto. Quanto ao assunto, caracteriza-se pela objetividade, o universalismo e o esteticismo. Este último exige uma forma perfeita (formalismo) quanto à construção e à sintaxe. Os poetas parnasianos vêem o homem preso à matéria, sem possibilidade de libertar-se do determinismo, e tendem então para o pessimismo ou para o sensualismo.
Além de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, que configuraram a chamada tríade parnasiana, o movimento teve outros grandes poetas no Brasil, como
Vicente de Carvalho, Machado de Assis, Luís Delfino, Bernardino Lopes, Francisca Júlia, Guimarães Passos, Carlos Magalhães de Azeredo, Goulart de Andrade, Artur Azevedo, Adelino Fontoura, Emílio de Meneses, Antônio Augusto de Lima, Luís Murat e Mário de Lima.

...Naturalismo!...

Racionais Mc's - Diário de um detento

Música que expresssa muito esse período da literatura... período que tráz obras relatando as camadas inferiores, o proletariado, os marginalizados. O homem movendo-se muito mais pelos seus instintos do que pela razão!




Até hoje, há entre a crítica literária muita gente que torce o nariz para os poetas e músicos marginais, por ver neles um pessoal desinformado e excessivamente espontaneísta. Nikolas Behr, que, de desinformado não tem nada, já deu uma resposta com ginga: que gosta mesmo é da poesia e música rala.


Chacal é Bundamental

sou trocador de ônibus.
tenho 35 anos e quero me casar.
ter mulher, filhos, um lar.
meu nome é bundamental.
uma tarde, o coletivo parounum ponto da praça seca.
subiu uma moça que era um sonho.
branca, peluda, dentes bons.
e que perfume!
meu nome é bundamental.
quando passou na roleta, num ímpeto súbito,
a pedi em casamento.
meu nome é bundamental.
genival bundamental
ela olhou pra mim e disse sim.
ali mesmo por cima da roleta
entre os passageiros, um beijo
selou nosso pacto sagrado.
meu nome é genival bundamental.
cuidei de tudo.
alianças, igreja, padre, cerimônia.
no dia fatal, meu nome é genival,eu lá.
eu e o padre.
ela nada.
uma hora duas nada.
enfim, chega o sacristão com um bilhete.
“querido bundamental
fui feliz enquanto amor entre nós houve.
agora vou ser feliz com um pé de couve.
daquela que um dia foi seu poema,
maria helena.
ps: a vida é curta para ser pequena.”
meu nome é genival.

genival bundamental.
De Belvedere, antologia de Chacal a sair pela Cosacnaify

segunda-feira, 16 de junho de 2008


O Naturalismo é a radicalização do Realismo. (1880) Essa nova escola literária baseava-se na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade.
O Naturalismo esboçou o que podemos declarar como os primeiros passos do pensamento teórico evolucionista.


Literatura
Os romances naturalistas se destacam pela abordagem extremamente aberta do sexo e pelo uso da linguagem falada. O resultado é um diálogo vivo e extraordinariamente verdadeiro, que na época foi considerado até chocante de tão inovador. Ao ler uma obra naturalista, tem-se a impressão de estar lendo uma obra contemporânea, que acabou de ser escrita.


Naturalismo luso-brasileiro
No Brasil, as primeiras obras naturalistas são publicadas em 1880, sendo influenciadas pela leitura de
Zola. O primeiro romance é O mulato (1881) do maranhense Aluísio de Azevedo, o escritor que melhor representa a corrente literária do naturalismo entre nós. Além de O mulato foi o responsável pela criação de um dos maiores marcos da literatura brasileira: O Cortiço. A recepção crítica da teoria naturalista de Zola fez-se em Portugal por intermédio de autores como Júlio Lourenço Pinto (1842-1907), José Antonio dos Reis Dâmaso (1850-1895), Antonio José da Silva Pinto (1848-1911) e Alexandre da Conceição (1842-1889). Esses, e outros como Teixeira de Queirós (1848-1919), autor das séries Comédia do Campo e Comédia Burguesa, e o mais destacado deles, Abel Botelho, (1854-1917), criador da série Patologia Social, ou Carlos Malheiro Dias (1875-1941) tentariam a aplicação do Naturalismo ao conto e ao romance. Pela primeira vez, a literatura pôs em primeiro plano o pobre, o homossexual, os negros e os mulatos discriminados. Alguns representantes do Brasil foram Horácio de Carvalho, Inglês de Souza, Julio Ribeiro, Emília Bandeira de Melo, Pápi Júnior, Rodolfo Teófilo, entre vários outros.

...Realismo!...


Racionais Mc's

Racionais Mc´s Negro Drama Dvd 1000 trutas 1000 tretas 2007

Video que relata bem o periodo realista no Brasil, obras que relatam e criticam as classes dominantes, a alta burguesia urbana!




Realismo na literatura
Motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época, os escritores realistas desejavam retratar o homem e a sociedade em sua totalidade. Não bastava mostrar a face sonhadora e idealizada da vida como fizeram os românticos; era preciso mostrar a face nunca antes revelada: a do cotidiano massacrante, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano, da impotência do homem comum diante dos poderosos.
Uma característica comum ao Realismo é o seu forte poder de crítica, porém sem subjetividade. Grandes escritores realistas descrevem o que está errado de forma natural. Por exemplo, se um autor deseja criticar a postura da Igreja católica, não escreverá um soneto anti-cristão como no Romantismo, porém escreverá histórias que envolvam a Igreja Católica de forma a inserir nessas histórias o que eles julgam ser a Igreja Católica e como as pessoas reagem a ela. Em lugar do egocentrismo romântico, verifica-se um enorme interesse de descrever, analisar e até em criticar a realidade. A visão subjetiva e parcial da realidade é substituida pela visão que procura ser objetiva, fiel, sem distorções. Em lugar de fugir à realidade, os realistas procuram apontar falhas como forma de estimular a mudança das instituições e dos comportamentos humanos. Em lugar de heróis, surgem pessoas comuns, cheias de problemas e limitações. Na Europa, o realismo teve início com a publicação do romance realista
Madame Bovary (1857) de Gustave Flaubert.
Principais correntes da época
Positivismo
Determinismo
Darwinismo
Alguns expoentes do realismo europeu:
Gustave Flaubert, Honoré de Balzac, Eça de Queirós, Charles Dickens.





Realismo no Brasil
O Realismo no Brasil teve seu início, oficialmente, em
1881, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de seu mais célebre autor, Machado de Assis. Esta escola só entra em declínio com o surgimento do Parnasianismo, por volta de 1890.
Com a introdução do estilo realista, assim como do
naturalista, o romance, no Brasil, ganhou um novo alcance, a observação. Começou-se a escrever buscando a verdade, e não mais para ocupar os ócios dos leitores.
Machado de Assis, considerado um dos maiores expoentes da
literatura brasileira e o maior do Realismo no Brasil, desenvolve em sua ficção uma análise psicológica e universal e sela, portanto, a independência literária do país.

...Romantismo!...

Gente, mil desculpas pelo transtorno!
o youtube definitivamente não está colaborando..
hehehe!
gostaria que vissem esse video:
http://br.youtube.com/watch?v=UMkLchCMNfo#

Que está se referindo na postagem abaixo*

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Como está citalo logo abaixo, O Guarani de Carlos Gomes foi uma das obras musicais mais importante para essa época.
Na música ocorre a valorização da liberdade de expressão, das emoções e a utilização de todos os recursos da orquestra. Os assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista ganham importância nas músicas.Podemos destacar como músicos deste período: Ludwig van Beethoven (suas últimas obras são consideradas românticas), Franz Schubert, Carl Maria von Weber, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Robert Schumann, Hector Berlioz, Franz Liszt e Richard Wagner.
Música Romântica no Brasil
A emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados nas músicas desta fase. O nacionalismo, nosso folclore e assuntos populares servem de inspiração para os músicos. O Guarani de Carlos Gomes é a obra musical de maior importância desta época.

e quando vier noite, surgirá o meu arco-íris



Romantismo na Literaruta

Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram : amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.




Literatura romântica brasileira
No ano de 1836 é publicado no Brasil Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães. Esse é considerado o ponto de largada deste período na literatura de nosso país. Essa fase literária foi composta de três gerações:
1ª Geração - conhecida também como nacionalista ou indianista, pois os escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como " bom selvagem" e, portanto, o símbolo cultural do Brasil. Destaca-se nesta fase os seguintes escritores : Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre e Teixeira e Souza.
2ª Geração - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase ultra-romântica. Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morreram ainda jovens. Podemos destacar os seguintes escritores desta fase : Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.
3ª Geração - conhecida como geração condoreira, poesia social ou hugoana. textos marcados por crítica social.
Castro Alves, o maior representante desta fase, criticou de forma direta a escravidão no poema Navio Negreiro.

sábado, 1 de março de 2008

...Arcadismo!...

Casa no campo -Zé Rodrix-

A música Casa no campo, fez muito sucesso, certamente uma musica que não vai ser esquecida muito cedo. Casa no campo, de Zé Rodrix ficou gravada na mente de toda a populaçao da década de 70!

p.s: As outras músicas, relacionan-se com o periodo do Romantismo!

Casa no campo/ Caçador de mim/ Espanhola

Características


Em termos didáticos , costuma-se indicar o ano de 1756 - data da fundação da Arcádia Lusitana , uma espécie de academia literária - como marco inicial desse novo movimento , que se desenvolveu sobretudo no campo da poesia .
Reagindo contra os excessos do estilo barroco ( principalmente o gongorismo ) , os autores arcádicos propõem uma literatura mais equilibradas e racional ; a uma linguagem mais simples junta-se uma visão meRos problemática da vida . A crítica ao rebuscamento barroco , aliás , é bem explícita nesta passagem de Verney : "Tenho ainda outra coisa que advertir, que também é feito de mau engenho , e são aqueles ditos que chamam agudos , e jogos de palavras , que se acham freqüentemente nos prosadores e freqüentissimamente nos poemas . Verá V.P. pessoas que cuidam dizer graças e coisas engenhosas , e dizem insípidas ridicularias . Outros servem-se de uma palavra com um c, que , posta com l , significa coisa diferente ; e daqui formam uma caraminhola a que chamam engenho , e ficam mui satisfeitos da sua agudeza .
Simplicidade , certo ar filosófico , elogio dos prazeres físicos , sensualismo - são algumas das características constantes do Arcadismo , que , em busca da inspiração , volta-se para os autores renascentistas ( sobretudo Camões ) e clássicos gregos e latinos . Daí o nome com que também se designa esse período - Neoclassicismo .
Por outro lado , o desejo de uma vida simples e natural levou os poetas a idealizarem a natureza , vendo no ambiente rústico do campo o refúgio para a alma que busca escapar das agitações da cidade . Numa tentativa de identificação , os poetas arcádicos adotam pseudônimos gregos ou latinos , transformam-se em pastores e transferem seus sentimentos amorosos para gentis pastoras , que passeiam por campos verdejantes cuidando se de seus rebanhos .
Carpe Diem

Uma das frases mais conhecidas desse periodo, que explicitamente descreve o Arcadismo!
Carpe Diem" quer dizer "colha o dia". Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.
VIVA
CAD
AMO
MENTO
DA
SUAVIDA
COM
SABE
DO
RIA!
TIRE SEMPRE UMA LIÇÃO DE CADA UM DELES!

...Barroco!...

"Air"39; from Suite No.3 in D major - Johann Sebastian Bach

http://br.youtube.com/watch?v=CyLo9-Voy5s

ps: ocorreu um erro no momento que fui postar o video, por favor, entren nesse link e vejão!

Mil desculpas!

Encerrando o Barroco, gostaria de introduzir esta música, que foi criada por Johann Sebastian Bach. talvez o maior compositor de sua época.
Podemos reparar que nessa época, a predominancia das músicas instrumentais (como o piano e o violão celo) , que poderia ser relacionada com a proibiçao da fala nessa época, sendo o Barroco, um período de confusão do homem!

Fugindo um pouco da música, no vídeo, podemos observar as obras de arte, en várias catedrais e monumentos de suma importância, para nos aprendermos sobre aquela época.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Johann Sebastian Bach

Johann Sebastian Bach, (21 de Março, 1685 - 28 de Julho, 1750) foi um músico e compositor do período Barroco da música erudita. Foi também um organista notável. Nasceu em Eisenach (Alemanha), no seio de uma família de músicos. É considerado um dos maiores e mais influentes compositores da história da música, ainda que pouco reconhecido na altura em que viveu. Muitas das suas obras reflectem uma grande profundidade intelectual, uma expressão emocional impressionante e, sobretudo, um grande domínio técnico em grande parte responsável pelo fascínio que diversas gerações de músicos demonstraram pelo Pai Bach, especialmente depois de Felix Mendelssohn que foi um dos responsáveis pela reabilitação da obra de Bach, até então bastante esquecida.

Barroco Musical

Podemos afirmar que duas correntes principais se afirmaram no Barroco Musical: uma, o melodrama – elemento novo e revolucionário no momento histórico; outra, a música instrumental, que teve um notável desenvolvimento, emancipando-se definitivamente, como arte autônoma, ao se libertar das cadeias literárias. De 1600 a 1750, aproximadamente, quando localizamos o período barroco musical, a evolução no âmbito da música gira em torno destas duas vertentes.
Na música instrumental pura, a linguagem é imprecisa, não descreve e não tem um conteúdo claramente definido como nas demais artes. Representa, na síntese de suas estruturas em movimento, uma arquitetura sonora, abstrata e dinâmica. Possui, no entanto, uma maleabilidade expressiva que a amolda ao cosmo interior de cada ser humano, que nela se projeta e a interpreta, conforme sua própria identidade. Assim, a música pura torna-se profunda e abrangente, guardando aquele mistério que evoca o infinito.