segunda-feira, 6 de outubro de 2008




Linguagem
A obra é repleta de neologismos que se sobressaem em composições e derivações novas.
Algumas figuras de linguagem tais como:
metáforas, anacoluto e silepse têm também grande destaque. Além disso, o autor faz uso de recursos "melopéicos", que são únicos em sua obra. É o que o escritor chama de “plumagem e canto das palavras”. Com efeito, amiúde Guimarães apela para os aspectos auditivos (“canto”) e visuais (“plumagem”), fazendo uma verdadeira arranjo sonoro com as palavras. Isso se sobressai principalmente em O Burrinho Pedrês e São Marcos.

Fabulação

É outra característica de Guimarães Rosa que se sobressai em Sagarana: o seu extraordinário poder de fabulação. Suas narrativas, repletas de incidentes, casos fantásticos e imaginários, contém às vezes mais de uma “história” dentro da “história”. É o que se pode notar, principalmente, em O Burrinho Pedrês.De um modo geral, esses casos secundários têm a finalidade de comprovar ou preparar terreno para a história principal.

Espaço e personagens

Em carta a João Condé, Guimarães Rosa revela que Sagarana se passaria no interior de Minas Gerais, na paisagem das fazendas e vaqueiros - mundo da infância e juventude do autor .As histórias são ligadas entre si pelo espaço em que acontecem, e captam os aspectos sociais, físicos e psicológicos do homem interiorano.

Provérbios e quadras

É outra característica do estilo rosiano que evidencia um gosto bem popular: o gosto por ditados e provérbios, além das quadrinhas que harmonizam as noites sertanejas, sob um céu palpitante de luar e de estrelas que pululam encantadas dos sons gotejantes das melodias populares.

O livro é composto pelas seguintes novelas:
O Burrinho Pedrês
A volta do marido pródigo
Sarapalha
Duelo
Minha Gente
São Marcos
Corpo Fechado
Conversa de bois
A hora e vez de Augusto Matraga
Originalmente, o livro possuía outras três novelas:
Questões de Família
Uma História de Amor
Bicho Mau

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